A diversificação da carteira de investimentos é a estratégia de organizar o capital financeiro por diversos setores e classes de ativos para diminuir riscos e aumentar a rentabilidade da carteira. O objetivo é não depender de um único investimento, pois se ocorrer uma perda em um ativo, ela é compensada por ganhos em outros.
Ter uma carteira de investimentos diversificada é essencial para minimizar riscos e aumentar o potencial de retorno no longo prazo, porém somente investir em diferentes ativos não garante uma diversificação eficiente. Para que esse plano funcione, é preciso saber equilibrar corretamente onde os investimentos serão atribuídos, considerando fatores como setor econômico, geografia, prazos e perfil de risco.
Conceito de diversificação
A diversificação é o movimento de distribuir investimentos entre diferentes classes de ativos para minimizar o possível efeito negativo de oscilações do mercado. Ou seja, se um setor ou ativo sofre perdas, outros investimentos compensam, evitando prejuízos significativos. Uma carteira bem diversificada protege o investidor contra eventualidades e permite capturar oportunidades de crescimento em diferentes mercados.
Harry Markowitz foi o criador da teoria da diversificação, ele recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1990 por trabalhos publicados nos anos 50 sobre seleção de portfólio. Markowitz demonstrou matematicamente que a escolha de determinados ativos pode reduzir o risco do portfólio inteiro, mas para isso é preciso avaliar a participação individual de cada ativo e sua influência do portfólio em geral.
O que é carteira de investimentos e para que serve
Uma carteira de investimentos é uma seleção de ativos de diferentes tipos e segmentos de acordo com o perfil do investidor. Na prática, a diversificação de investimentos é a formação de uma carteira (também pode ser chamada de portfólio) de ativos com um plano definido para alcançar diferentes tipos de indicadores.
Para ter uma carteira de investimentos rentável, é necessário que se crie um equilíbrio entre as aplicações, distribuindo o dinheiro entre diferentes tipos de ativos do mercado financeiro. Nesse movimento existem alternativas relacionadas à inflação ou ao CDI, além de ter exposição ao Ibovespa, dólar, fundos etc. Isso pode ser feito entre classes de aplicações (renda fixa e renda variável, por exemplo) ou até mesmo entre as mesmas classes.
É praticamente impossível saber exatamente como serão os rendimentos dos investimentos em um longo prazo, devido ao cenário macroeconômico mundial estar sujeito a incertezas. Devido a esse motivo, é importante não colocar todo o dinheiro em um único ativo que possa sofrer em caso de um choque, conseguir visualizar ao máximo os retornos de um certo risco é o principal objetivo ao diversificar os investimentos.
Como avaliar a diversificação da sua carteira
Para avaliar a diversificação da sua carteira de investimentos, é necessário considerar alguns elementos que irão ajudar nessa análise:
Diversificação setorial: É fundamental não concentrar os investimentos dentro de um único setor da economia, empresas de um mesmo setor podem sofrer mais em um cenário específico.
Diversificação geográfica: Invista em ativos de diferentes países para proteger a carteira contra crises econômicas locais e ajudar a equilibrar a exposição global, como fundos internacionais e ETFs.
Equilíbrio de prazos: Uma carteira saudável deve conter investimentos para diferentes horizontes de tempo: ativos de curto prazo para liquidez e de longo prazo para maior valorização.
Correlação e risco entre ativos: É fundamental ter ativos que reagem de forma diferente ao mercado, pois nem todos contribuem para a diversificação. Uma carteira diversificada de verdade, terá alguns ativos em alta enquanto outros estarão em queda, o que torna mais passiva a oscilação geral do portfólio. Procure investimentos com comportamentos diferentes em momentos de crise, pois alguns podem se valorizar quando outros caem.
A diversificação é um processo único que demanda acompanhar e reavaliar sua carteira periodicamente. É importante ajustar a composição do portfólio com frequência, realocando o dinheiro de ativos para novos objetivos e possíveis cenários econômicos.
Ferramentas e suporte para a diversificação
Existem diferentes caminhos para análise de portfólio: softwares e ferramentas examinam a correlação entre ativos e a distribuição da carteira, ajudando a identificar oportunidades e a otimizar a diversificação. A ajuda de especialistas também pode ser valiosa para construir uma carteira que faça sentido para o seu perfil, pois auxilia no acompanhamento do mercado e identifica oportunidades de forma estratégica.
Embora diminua os riscos, a diversificação não elimina totalmente a possibilidade de perdas. Diversificar demais pode dificultar o acompanhamento e a gestão da carteira, o ideal é encontrar um equilíbrio entre proteção e rentabilidade, a chave para uma diversificação eficiente é escolher ativos complementares e acompanhar regularmente o desempenho do seu portfólio.